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Quem nunca se sentiu ansioso?

A ansiedade faz parte do ser humano, ela nos movimenta, porém quando há uma dose elevada de ansiedade pode ser prejudicial.

Como saber se o que estou sentindo passou dos limites considerados saudáveis?

Quando ela impede o movimento, quando ao invés de impulsionar a ação ela trava, quando nos priva de realizar coisas que gostaríamos de fazer, temos que ligar nosso sinal de alerta!

Sentir-se ansioso na véspera de uma prova ou de um encontro importante é natural, mas sentir-se ansioso por qualquer motivo ou até mesmo sem motivo aparente são sinais de que algo não está bem.

Atualmente, é muito comum ouvir as pessoas dizerem como se sentem ansiosas. Uma das características da nossa sociedade é que estamos o tempo todo acelerados, correndo, atarefados e temos dificuldade em pensar o que significa esse “estou ansioso”. É importante perceber se é algo passageiro, motivado por alguma fase que estamos vivendo ou se é algo mais sério.

Uma ansiedade intensa é conhecida no âmbito médico como Transtorno de Ansiedade e pode afetar as pessoas em qualquer momento, suscitando medos e preocupações excessivas dificultando assim a realização de atividades cotidianas. Os motivos são variados e em muitos casos podem surgir por motivos desconhecidos.

Os transtornos de ansiedade junto com a depressão são os problemas psicológicos que mais afetam as pessoas de diversas idades, cada pessoa vivencia a ansiedade de uma forma diferente.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 9,3% dos brasileiros têm algum transtorno de ansiedade.

Existem diferentes tipos de transtorno de ansiedade, a seguir cito brevemente alguns:


  • Transtorno de Ansiedade de Separação: mais frequente em crianças, é o medo excessivo da separação com quem ela tem apego.

  • Fobia Específica: a fobia é um medo irracional a um objeto ou situação específico.

  • Transtorno de Ansiedade Social (Fobia Social): a pessoa sente medo de situações sociais.

  • Transtorno de Pânico: é o medo intenso e repentino, a pessoa tem sensações como falta de ar e de morte iminente.

  • Agorafobia: é o medo ou ansiedade intenso desencadeado pela exposição real ou prevista a diferentes situações, como estar em espaços abertos ou fechados ou sair de casa sozinha.

  • Transtorno de Ansiedade Generalizada: a pessoa sente uma preocupação persistente ou sentimentos ansiosos com diferentes fatos, e podem ter uma sensação de que algo ruim vai acontecer.

A ansiedade pode ser tão impactante para algumas pessoas, que chega ao ponto de prejudicar suas relações no trabalho, na família ou com amigos.

Os sintomas podem ser tanto emocionais como físicos, vejamos agora alguns sintomas mais frequentes:


Sintomas Físicos

  • Cansaço excessivo;

  • Tonturas;

  • Tensão muscular;

  • Perturbação do sono;

  • Palpitações.

Sintomas Emocionais

  • Medo ou ansiedade acentuados acerca de um objeto ou situação;

  • Inquietação ou sensação de “nervos à flor da pele”;

  • Dificuldade de concentração ou “ter brancos”;

  • Irritabilidade;

  • Medo de perder o controle.

O que diferencia a ansiedade normal da forma mais grave (o transtorno)?

Na ansiedade normal, a intensidade e duração do episódio ansioso e seus sintomas são proporcionais ao estímulo que o causou e a atenção da pessoa está voltada para soluções possíveis para lidar com aquele perigo. Enquanto, na sua forma mais grave, pode ou não existir um estímulo ou pensamento consciente que o desencadeie, além disso a intensidade e duração do episódio e seus sintomas são desproporcionais ao perigo real.

Quem pode te ajudar? Como superar este transtorno?

Caso perceba que sua ansiedade está sendo constante, está lhe trazendo algum sofrimento e você apresenta alguns dos sintomas mencionados acima é importante buscar ajuda de profissionais especializados. Psicólogos e psiquiatras podem oferecer um espaço de acolhimento e reflexão para ajudar você a entender os fatores que desencadeiam a ansiedade e como lidar melhor com ela.



*Viviane Mariz Alencar é psicóloga clínica, parceira do Integrate Psicologia.


Bibliografia consultada:

American Psychiatric Association. DSM-5. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. 5ª edição. Porto Alegre: Artmed, 2014

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